
imagem de Luís Gonzaga Batista
se restar ainda algo que doa
que seja o ar a sair morno da tua boca
quando os semáforos nos adiam a morte
a noite mais
insípida do teu cor
po
fluorescente no âmago
de pássaro da rapariga
a cair plena
nas minhas
gengivas
os dias antes de ti
apenas tristes.
cláudia ferreira