sábado, 19 de dezembro de 2015
domingo, 13 de dezembro de 2015
quarta-feira, 12 de agosto de 2015
https://vimeo.com/15722038
Se tivéssemos dançado, não tínhamos
morrido.
Mas qual seria o sabor dos
teus lábios se não tivéssemos provado a morte?
c.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Acende a luz do corredor
Corta as cordas que me cercam
os pulsos
Levanto-me. Tenho as pernas
dormentes.
Tenho o vício e o esquecimento
apodrecer no quintal.
Aproximo-me da mesa, tem
pratos sujos e mosquitos mortos.
Sento-me, fumo um cigarro e
choro.
O cigarro apaga-se.
Acende a luz do corredor
Fica aqui só uns minutos
Vês aqueles pássaros através
do vidro sujo?
Não vês?
Deixa estar. Deixa lá. Vai-te
embora.
Prende-me os pulsos.
Come-me o coração.
Apaga a luz.
c.
terça-feira, 4 de agosto de 2015
Ama-me como se eu fosse eterna
E do meu peito resvalassem todas as incertezas
Escreve o meu nome na porta do teu quarto
Ao lado dos caçadores de sonhos e das gaivotas de latão
Não me deixes entrar. Fecha-me a porta, arranca-me os braços,
mas
Crê em mim, como nas aves nocturnas
Acredita nos meus olhos e no nevoeiro
E desenha nos meus lábios o teu grito mais longo
Abraça-me como se morrêssemos
Como se dobrasses uma folha de papel e a guardasses no teu maior livro.
Pousa as tuas mãos no sentimento mais fundo
Finge que sabes como dói.
Deixa o ar quente escorregar pelos teus lábios
Em direção ao meu pescoço, morde-me a pele
Deixa-me ser tu. Deixa-me ser eu.
Não me deixes entrar. Fecha-me a porta e arranca-me os braços.
mas
deixa-me ser a lâmina que te atravessa o coração.
c.
E do meu peito resvalassem todas as incertezas
Escreve o meu nome na porta do teu quarto
Ao lado dos caçadores de sonhos e das gaivotas de latão
Não me deixes entrar. Fecha-me a porta, arranca-me os braços,
mas
Crê em mim, como nas aves nocturnas
Acredita nos meus olhos e no nevoeiro
E desenha nos meus lábios o teu grito mais longo
Abraça-me como se morrêssemos
Como se dobrasses uma folha de papel e a guardasses no teu maior livro.
Pousa as tuas mãos no sentimento mais fundo
Finge que sabes como dói.
Deixa o ar quente escorregar pelos teus lábios
Em direção ao meu pescoço, morde-me a pele
Deixa-me ser tu. Deixa-me ser eu.
Não me deixes entrar. Fecha-me a porta e arranca-me os braços.
mas
deixa-me ser a lâmina que te atravessa o coração.
c.
sexta-feira, 10 de julho de 2015
resta a memória.
de quando os teus sonhos eram os meus sonhos
e fugíamos a evitar os dias, a contrariar o tempo.
as flores nasciam na berma das estradas
amarelas como o vício.
dás-me a mão e nunca mais te perco,
fazes de cada palavra uma promessa
um ponto sem retorno a coisa nenhuma
resta a memória.
do alucinante movimento da língua
em torno do desassossego
a imensidão da água na tepidez dos sacrifícios
dos corpos inertes e
do frio
talvez se abra uma janela num dia qualquer
no futuro, talvez se esqueçam todas as dores
as feridas poderão sarar e ponteiros alinhar-se
ficará apenas o rio, a descer suavemente a encosta
a previsão do incêndio e do nevoeiro
o sabor a sangue nos lábios.
E tu?
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