sábado, 18 de dezembro de 2010

não quero o teu amor escrito no incêndio
nem a tua boca na tristeza dos dias mais longos
como se entrasses no café e te sentasses na mesa ao lado
onde ficarias para sempre como uma coisa morta.

talvez me amasses se eu não existisse para lá das fugas.
se eu fosse uma outra qualquer espera interminável.

se fosse difícil virias dar sentido aos anos
mas é tão simples gostar da tua saliva nas estradas secundárias
e eu não quero o teu amor.


cláudia ferreira

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