quinta-feira, 7 de março de 2013

e se as minhas mãos de repente arderem quando te beijar,
se vires as paredes definhar nas ruas do meu corpo
.não fales.
a imensidão foi sempre um sonho meu,
horizontes de vidros baços e lagos de lama
carros que ficam estacionados a vida inteira na avenida,
um nada-a-perder que escorre dos lábios
e uma cama feita de asas de borboleta.

deixa-me ser todas as coisas do mundo.
.não fales.

1 comentário:

Paulo disse...

...
não digas como o teu beijo invadiu a minha alma,
semeou o meu coração,
fez dos meus sonhos teus reféns
.não digas.
se vasculhei o mundo inteiro
procurando-te no olhar de todos os que por mim passavam
diluí-me em todas as coisas, e na luz, e no silêncio e na noite,
cumprindo a essência maior de ser teu
muito para além das
.palavras.