quarta-feira, 4 de julho de 2007
aquilo que te faz sorrir e me envenena
quando são os teus dedos a pousar na minha nuca
a claridade envernizada do fim das estações.
os anos de ti que correria escada acima
numa tristeza a empalidecer sombria
na tentativa difusa do alcance brusco da negação.
sangro nos dedos a plenitude amorfa dos dias
a acidez ocasional de cada passo contrário.
-existe alguém deste lado da acendalha
a nutrir uma guerra de ossos.
é o que digo quando sinto a imobilidade
levar-me à boca o sabor da boca.
como se cada coisa fosse mais secreta
do que a idade das pedras mais perfeitas
a alastrar pelos cotovelos desta enormíssima tarde.
a lembrança da monotonia a habitar agilmente os fusos horários.
a eternidade é o presente a acabar,
esta é a porta mais fechada que poderás conceber.
cláudia ferreira
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