dá-me um dia só da tua vida
para que eu não esqueça
a tua voz profunda como água
a escorrer nos meus dedos
o teu sorriso mais simples
o mais inoportuno, mais desnecessário
para guardar no meu peito
como a última ferida da última partida
só o teu nome,
basta-me para me subtrair
chegar a zero e ser nada, uma melodia
ou uma morte suave.
será que a morte faz barulho?
dá-me a mão.
sabes que és.
(todos os ossos do meu corpo)
c.
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