segunda-feira, 29 de agosto de 2016

monday

irrita-me essa merda de seres uma pessoa cheia de qualidades. toda a gente repara que és uma pessoa diferente das outras. diferente para melhor, não é o diferente de coitadinho está sempre atrasado para alguma coisa. não é isso. é bonito. toda a gente repara como és bonito e como fazes montes de coisas.
como fazes bem montes de coisas. irrita-me tanto essa merda. que te olhem e te gastem porque toda a gente vê. toda a gente vê que nunca vai conhecer ninguém igual a ti. e eu sei que nunca vou conhecer ninguém igual a ti embora continue a procurar. só para provar a essa gente toda que não és assim tão especial, que não fazes assim as coisas tão bem. que, se calhar, até tens os teus falhanços. que não sabes, por exemplo, escrever bem com a mão esquerda ou que tropeças muitas vezes. que és ridículo quando estás com sono. provar a essa gente toda que ficam fascinados por coisinhas de nada, e que são uns fracos e parvos por conseguirem ver como és bonito, como és especial. irrita-me tanto essa merda de seres tão ponderado, e tão paciente e de ficares calado. e seres tão bonito. e saber que nunca vou conhecer ninguém igual a ti. irrita-me tanto.

7 comentários:

Blizard Beast disse...

mesmo...

nocturnidade disse...

ehehe bad mood também por aí? :)

Blizard Beast disse...

mais sad mood :-(

nocturnidade disse...

agora que li o que acabo de escrever, também devo estar.

let's call it sad mood

podias ter escrito qualquer coisa como: juntos inventamos uma espera completamente nova.
e continuaríamos à espera, antes e depois até a carne ficar colada aos ossos. até aos olhos ficarem azuis de cegueira e vazio. sentados um em frente ao outro a tentar encontrar esta corda que nos une.
sem saber se a queres quebrar ou enfeitá-la com palavras.

podias ter escrito qualquer coisa como: quase foi possível amar-te quando as tuas mãos eram iguais às das bonecas de porcelana que se vendiam na loja do fundo da rua da minha infância.

mas não existe uma única palavra tua em que eu me encontre. mesmo quando são os teus olhos a procurar os meus e as tuas mãos a puxar as minhas mãos na direcção do peito. eu tenho sempre esta sensação de que não sou eu aí, em ti.


c.

Blizard Beast disse...

A espera é um arame farpado que dilacera-me o peito.
Quanto mais profundos os arranhões, mais eu quero esperar.
Uma espécie de masoquismo de quem não quer sofrer, mas que não consegue nem sabe o que é viver sem esse sofrimento.
Esse doce martírio de quem só conhece uma forma de amar: esperar...

Esperar, sem saber quanto tempo,
Esperar, por uma palavra, de carinho ou repúdio, tanto me faz...
Esperar, que penses em mim um segundo que seja no teu dia.
Esperar, que um dia, admitas para ti que eu gosto mesmo de ti...

esperar que tu acordes, quando eu nem dormi só para aproveitar todos os instantes fugazes que estou contigo...

Esperar, que esta espera acabe... amanhã, depois, daqui a dois anos,
não interessa...
Esperar que as lágrimas que derramei nos teus braços quando querias ir embora- uma das muitas vezes que quiseste, mas nunca conseguiste- te tragam de volta para mim...

Esperar que um dia voltes a curar esta ferida aberta que insistes em deixar no meu peito.
Sei que não fazes por mal, és mesmo assim... e isso irrita-me e apaixona-me ao mesmo tempo....

https://www.youtube.com/watch?v=7LlfiBL0ED4

nocturnidade disse...

Boa expurgação. Grande som :)

Blizard Beast disse...

Obrigado por me deixares usar o teu espaço. soube bem!!!