tu eras todo o sangue
as palavras desciam-te à boca
como dardos envenenados,
e eu envelhecia a ver-te falar
de in-vitros insignificantes.
tu eras todos os momentos
as mãos subiam-te ao pescoço
numa tentativa inútil
de esterilização do tempo.
eu torcia a pele do braço
para evitar ouvir-te.
tu eras todo o espaço
todos os ossos do meu corpo
tu.e.ras pessoal e intransmissível
como o medo.
monocromático.
sem sintomas.
cláudia ferreira
terça-feira, 1 de novembro de 2011
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1 comentário:
excelentes textos.
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