começa com uma menina a brincar com o medo.
gestos bruscos na amplitude da casa. a mesa posta numa organização
assumidamente real.
depois um tiro no coração, certeiro. falta-lhe o ar e o chão. o vazio invade o olhar distraído e a anestesia dura anos.
a menina levanta-se e percorre o interior de todas as coisas. perdem-se os significados e não se ganha nada.
corpos adormecem todos os dias diferentes, movem-se e disparam verdades em direcção aos ossos. A vida não vale nada, não existe.
depois um tiro no coração, certeiro. falta-lhe o ar e o chão. o vazio invade o olhar distraído e a anestesia dura anos.
a menina levanta-se e percorre o interior de todas as coisas. perdem-se os significados e não se ganha nada.
corpos adormecem todos os dias diferentes, movem-se e disparam verdades em direcção aos ossos. A vida não vale nada, não existe.
Apenas um quarto e passos inquietos a rodear a cama. Durante meses não se abriu uma janela.
sexo, corpos e incenso
intenso
imenso
construiu-se uma muralha quase indestrutível.
silêncio.silêncio.silêncio.silêncio.silêncio
depois a menina, segura dos seus passos escreveu a história, o bem, o mal e os opostos.
mas tu chegas e nada disto faz sentido.
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