quarta-feira, 10 de agosto de 2011

das verdades absolutas

Talvez eu consiga estar mais um dia na certeza do abismo
Antes de me abandonar talvez eu consiga ser o que não sei
Porque tu és a parte de mim que não morre
E eu quis tanto o teu abraço nos meus mais tristes enganos
Que de tanto querer não soube dizê-lo.

Desculpa não saber ser fora de mim o que me atravessa
E guardar na garganta o que me subtrais.
Acendes-me um cigarro mas eu não sei dizer-te
Que me dóis, como uma faca a atravessar o peito

E que sei dos teus olhos perdidos na rua
Que conheço o teu cheiro das manhãs de Outono
Que correria o mundo para te ver sorrir.


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1 comentário:

Filipe Assunção disse...

Os dias são inícios de noites entre noites sem dias em que o abraço quer chegar quer abraçar um infinito por vir! O encontro é imediato lento sem curvas nas rectas onde te identifico ao longe. E ainda bem que chegas sem hora marcada me permitindo apresentar sem defesas como sou .feitas as apresentações apenas sorri ao mundo e abraça este silencio sem fim.