uma avenida em cada dedo a percorrer largas alucinações
do fim da tarde que escorre imenso atrás de um corpo.
é com suavidade que se limpam as coisas mais banais,
bonecas de trapo anoitecidas sem musicalidade
as chávenas de café em torno dos sentimentos de perda.
vou sair e embebedar-me pela primeira vez dos teus livros
deitar a minha boca nos primeiros lábios de espuma.
começa a entristecer a cidade desfigurada junto ao rio,
quando acendo um cigarro nada se move dentro ou fora das aves.
duas luzes azuis comemoram o choque frontal,
sirenes de embalar a morte, a cabeça presa entre o metal e a raiva.
nunca estiveram os meus olhos tão doentes.
c.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário