quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

dos canais obtusos do coração

o meu coração, como uma pedra que chutas na rua.

agora que a noite estreitou  as paredes da casa
e não te vejo chegar de nenhum ponto da sala
sinto as feridas à volta das unhas alastrar


podias ter escrito numa parede qualquer

qualquer coisa como até nunca mais

qualquer coisa como o amor é um caroço de pêssego

qualquer coisa.

menos
o silêncio é o instrumento engenhoso das eternas partidas.

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