sábado, 3 de dezembro de 2011




um dia acordo e apagaste todas as marcas deste crime
começas por sair sem fazer barulho na madrugada
eu finjo habituar-me ao vazio

fazemos de conta que está tudo igual

depois roubas-me o teu cheiro e eu construo os meus muros
bem diante dos teus olhos
tu finges que não vês

desço uma rua vazia e sei que é a última vez
que os teus olhos me assaltam
fiquei sem voz de gritar o teu nome
com as mãos partidas ao tentar prender-te
não sentiste

fumo um cigarro


um dia acordo e vou buscar o que resta de mim.

c.

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