quarta-feira, 7 de dezembro de 2011


A tua boca. A tua boca.
Oh, também a tua boca.”
(…) Joaquim Pessoa

E as tuas pálpebras, o teu olhar curioso
A profundidade de um mundo inteiro nos teus olhos

Ah os teus olhos! Tão escuros e brilhantes
Inconsequentes, tão próximos
A acender luzes dentro das minhas mãos
A criar pontes em mundos sem gente
A alucinar, os teus olhos e a tua boca

As linhas dos teus lábios, a saliva
O ar quente a sair da tua boca
E os teus olhos atentos, suspeitos
A tua boca, mordê-la até que a morte nos separe.

c.

Sem comentários: