diz-me que da próxima vez
que nascermos não vamos ter medo
que atravessarei metade do mundo
para me aninhar no teu peito
liga-me
tu ensinas-me a dançar na chuva
e eu acendo o maior sol para os teus olhos
pousarem
diz-me
vais transpor todas as minhas cicatrizes
e enrolar os teus pés nos meus
para confundir os átomos
as avenidas existirão
apenas para os nossos cansaços
o teu cheiro vai habitar as casas
e os comboios não mais passarão
entre nós.
liga-me
ensina-me a ser tu.
promete-me que
da próxima vez que nascermos
o quotidiano vai ser só uma palavra
que aprendemos num livro.
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