domingo, 19 de junho de 2016

relato

não apanhei o sol.

não conheço o significado das coisas mais simples
a flor que morre de repente na berma da estrada
ou a luz que se acende no fundo da rua
ou ainda a palavra escrita na última página do livro.

percorrer a tua mente
é como rasgar a carne no alcatrão dos dias.

tenho as mãos em carne viva.
por tentar prender-te entre os dedos
a inflamação alastrou a todo o corpo


não apanhei o sol
e agora, sou inteira a gritar por ti.




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