que nos devora por dentro?
para que nos servem os dias
as chávenas alinhadas na brancura das toalhas
os copos a brilhar na solidão dos restaurantes
diz-me quem alimenta este animal
cujos dentes se cravam nas nossas veias
quem o alimenta?
são os meus pulsos na plenitude das paredes
olhos que não vi numa cidade que não conheço
a terrível ternura destes ombros em que me apoio
para ver nascer o dia.
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