sábado, 11 de junho de 2016

Paga-me um café.

Preciso saber onde me começas
Onde eu te acabo
Se nos cabem as palavras entre os lábios
Se és tu que me mordes o pensamento

Se é entre os teus dentes a minha casa.

São os teus dedos que me contornam o ventre
Como um animal faminto.
Estou cansada, deixei-me cair no teu peito.

Paga-me um café
Fala-me desta doença, desta imperfeição desmedida.

Conheço tão bem as tuas armas.

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