como uma floresta a arder no pico do verão
um bicho inquieto na perseguição da água
ou uma mão que pousa suavemente no centro da mesa
talvez tenhas o destino escrito no peito
um mapa desenhado na candura dos lábios
ou é só o vento a ladear as paredes da casa
tu não queres um mundo igual todos os dias
nem um tempo que se arraste, ávido, pelas estações
o aqui, o agora
o verbo no passado mais que imperfeito.
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