a claridade da música que arregala os olhos do infinito
a corda que arrasta o corpo na fragilidade das palavras
se fosse hoje, tinha aberto todas as janelas
e a copa dessa árvore teria avançado para dentro de casa
estariamos hoje no limite da certeza
com os braços esticados e os dedos quase a tocar o sol
não te dei nada, de bom ou mau
nem o aroma do café acabado de fazer
nem o cheiro nauseabundo dos prédios em construção
nada.
uma linha de névoa que avança sobre a cidade
os frutos intactos do princípio do mundo
o prodigioso oscilar dos teleféricos sobre as pontes.
nada.
mas tu és em mim um rio que nasce.
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