abres os olhos devagar, coças a canela em esforço
há uma certa inquietude nos teus movimentos
olhas para o lado esquerdo, depois para o lado direito
as mesmas paredes, adivinho-te um sorriso curto
talvez uma qualquer memória feliz te atravesse
respiras ainda devagar como se os ponteiros do relógio
te guiassem suavemente por um universo paralelo
sentas-te na cama, os pés juntos.
um impulso.
chego-te à mão uma caneca de café.
talvez não tenhamos que morrer hoje.
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