- lembras-te quanto tempo demorei a habituar-me ao silêncio?
- hm hm. deixaste tudo registado. se olharmos para a tua pele com a luz certa, consegue-se perceber.
- sabes como é ter novamente tudo desarrumado, os livros abertos em cima da cama. obrigar os olhos a fugir às palavras. cerrar os punhos contra o peito. sabes como é?
- perfeitamente.
- de repente não sabes mais de ti, reconheces o cheiro, depois a voz. subitamente não há tempo e és novamente um animal ferido numa estrada secundária.
- dói?
- dá-me um cigarro.
- tens a cabeça toda fodida.
- eu sei.
quarta-feira, 13 de julho de 2016
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