sexta-feira, 15 de julho de 2016

da morte

que armas tens tu contra a convicção?
diz-me, são muros altos de pedra antiga
um areal imenso e um mar
ah, um mar que se afunda dentro dos olhos.

que armas tens tu contra a violência deste dia?
diz-me, onde anda o amor e a revolução
os olhos vidrados dos ideais
as mãos calejadas de quem não se deixa engolir.

que armas tens tu contra os teus irmãos?
diz-me, o cheiro a sangue não te comove?
onde estão os homens a quem cortaram a língua
diz-me onde estão.

calcados por fatos e gravatas e sapatos
protocolos, palmadinhas nas costas da podridão.
diz-me da liberdade, da igualdade, da fraternidade

onde estão?

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