são as ruas que atropelam os homens
e é o silêncio dos tigres a avançar sobre as esferas do tempo
de repente já não há nada para inventar ou inverter na colocação de espaços entre as palavras
e é o inverno que fica por dizer, pendurado nas mãos dos poetas
que se assemelham a bichos deitados em lençóis brancos.
não encontraremos um nome para este dia
por muito que se iluda a pele, o suor
uma espada que atravessa o desassossego
de repente o mundo é apenas um copo
onde repousam flores de plástico e tecido
iludindo-se com a água que as inunda.
mas o amor.
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