em que esta árvore se deixa cair
sobre o muro pintado de amarelo.
não sabemos
por agora as folhas dançam
nesta cidade que ainda não acordou
e uma gaivota enlouquecida
parece gritar todos os nomes
as luzes na rua já se apagaram
e começa-se a ouvir ao fundo
a rotação dos motores dos autocarros
no fim da avenida, o mar prepara a revolta.
esforço-me por guardar todas as memórias
talvez devesse ter escrito um diário
cheio de enigmas, doenças e constelaçòes.
talvez devesse.
hoje pode ser o último dia
a última vez que falamos a mesma língua
a última vez que abrando para ver nascer o sol.
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