terça-feira, 9 de agosto de 2016

7 (cadernos de 2003-2005)

sabes

       debaixo do meu sono nasceu um mapa de uma cidade
       quase enorme
       tomávamos chá              branco          da índia?

sabes
       vi as aves arder no teu desconforto
       fotografaste a consumação dos dedos
       o suave ardor das espigas no espaço etéreo dos corpos

sei
       o meu silêncio mais antigo ao imaginar as tuas mãos acesas
       (no meu ombro) a terra inteira despida da confusão inicial.

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