dá-me algo palpável que possa ser abraçado
na tepidez de um desejo impossível
o vento entorna o café sobre o muro
que escorre depois para o chão
doenças que alteram a rotina dos dias
dá-me uma palavra que me faça esquecer
o sal das noites sem dormir, as olheiras
de manhãs vividas no inferno.
treinei ao espelho mil coisas bonitas
para te dizer. no entanto quando chegares
todo o sangue vai confluir em direcção à garganta.
e eu vou ser só, silêncio.
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