e sobre a sua ausência pernoitas
os teus olhos são indecifráveis esponjas de luz
na rotação dos lírios em torno da noite
corpo - maçã vermelha que repousa nos impulsos da carne
dei-te um cigarro de mentol mas não pudeste entender
o alcance das unhas, encardidas, na pulsação das janelas
talvez lembres ainda uma pequena fonte, com peixes cor-de-laranja
quando na tua boca nasciam flores mortas,
ainda que negues o chilrear dos pássaros
hei-de ser sempre nevoeiro a dormir na tua sombra.
Sem comentários:
Enviar um comentário